Fugindo do tema
A proposta desse blog é trazer informações sobre nosso município, eventualmente incluir algum tema para reflexão, mas hoje resolvi fugir totalmente do tema e falar sobre emoção, minha emoção.
Sou uma pessoa que se emociona com certa facilidade, por variadas razões.
Uma das razões que me leva a ficar emocionada, incompreensível para quem nunca passou por isso, é estar num estádio de futebol, assistindo a uma partida do meu time: o Corinthians. Manifestações explícitas de machismo deixadas de lado - e são tantas !! -, é emocionante demais!
Ontem, mais uma vez, tive a oportunidade de me emocionar.
Por volta das 18:00hs, peguei meus três moleques (o mais velho com 15 e o caçula com 11 anos) e sai, em direção à São Paulo, mais precisamente, em direção ao Pacaembu, para assistir a Corinthians x Vitória, do Brasileirão 2009, que começaria às 21:00hs. Com a chuva que estava, cheguei lá, já passava das 19:30hs.
Dia de semana, chuva, jogo à noite... e só de público pagante, 23.600 pessoas. Absurdamente, 24.916 pessoas no total (veja quanta gente não paga!!).
Na verdade, a emoção começa quando se estaciona.
Parece loucura, mas chega o "guardador" de carros, o "flanelinha", te pedindo dinheiro prá cuidar do carro, você reclama que ele está pedindo muito (claro que qualquer coisa é muito, considerando que você está estacionando na rua e a rua é pública, mas o espírito ali é outro) e ele te "dá um desconto", te deseja um bom jogo... pronto! Nada de mau humor!
Não dá para parar muito perto do estádio, mesmo com uma hora e meia de antecedência. Vamos caminhando, embaixo daquela garoa miúda, em direção ao estádio. Contrariando todas as normas de higiene, paro prá comprar um churrasquinho, no meio da rua, entregue pelo mesmo rapaz que faz o churrasco, pega o espeto e recebe o dinheiro (tudo sem luvas, claro!).
Nos encaminhamos para enorme fila que levava à entrada do estádio. Um churrasquinho numa mão, uma lata de refrigerante na outra, aguardando para sermos revistados.
Prá quem não conhece, nunca teve a chance de ir, parece que estou descrevendo a porta do inferno, mas não! Há uma sensação de irmandade, de conforto, de amizade, com aqueles milhares de estranhos que estão na fila também.
Meus meninos querem sentir ao máximo a emoção. Só não se sentam com a Gaviões da Fiel porque não os deixei se filiar...mas querem sentar o mais próximo possível da torcida organizada. Comprei os ingressos para a arquibancada laranja, onde nos sentamos bem ao lado da Gaviões e onde eles puderam acompanhar a gritaria, a cantoria, a coreografia, se sentindo parte daquilo.
Jogo do Corinthians não é só bola no campo, não são só os jogadores, o (sempre) filho-da-mãe do árbitro, os bandeirinhas. Jogo do Corinthians também é isso: conhecer as letras das músicas da torcida, a coreografia, as "regras" (nunca ir de verde - de qualquer tom -, por exemplo, ao jogo, não gritar "gol" antes do gol sair)... tudo faz parte.
Quando os jogadores entram em campo e aqueles milhares de homens começam a se curvar, com os braços estendidos, cantando "ô ô, todo-poderoso-timão, ô ô, todo-poderoso-timão" não há como não se emocionar! Não há como não procurar se colocar no lugar de qualquer um deles, Felipe, Douglas, Ronaldo, Dentinho, e imaginar qual não será a sensação deles...
Palavra, penso que não deve haver no mundo lugar melhor para ser jogador de futebol, que o Corinthians. Não há torcida igual a essa. Realmente, não há. Esses "meninos" são idolatrados.
No intervalo, quatro rapazes pedem que eu tire uma foto deles. Me entregam o celular e sorriem.
Não posso deixar de me emocionar - sempre acontece e acabo contrariando meus filhos - ao ver a torcida adversária. É admirável ver o "peito" daqueles poucos (ontem, acho que não chegavam a 100 pessoas) que "se atrevem"a entrar no Pacaembu e torcer por seu time tendo todo o resto do estádio contra si. Acho admirável.
O jogo em si, claro, a vibração quando os "meninos" marcam um gol, o segundo...o silêncio quando "levamos" um gol de volta...
A Gaviões volta a cantar: "ai, ai, ai, ai, está chegando a hora, o dia já vem raiando meu bem, eu tenho que ir embora...". É o aviso que o jogo está terminando.
A festa não acaba antes de se ouvir - e cantar, a plenos pulmões -, uma vez mais, o hino do timão. Nos levantamos e saímos do estádio, caminhando pelas ruas com aquela multidão. Frio e umidade no corpo. Coração aquecido.
Sou uma pessoa que se emociona com certa facilidade, por variadas razões.
Uma das razões que me leva a ficar emocionada, incompreensível para quem nunca passou por isso, é estar num estádio de futebol, assistindo a uma partida do meu time: o Corinthians. Manifestações explícitas de machismo deixadas de lado - e são tantas !! -, é emocionante demais!
Ontem, mais uma vez, tive a oportunidade de me emocionar.
Por volta das 18:00hs, peguei meus três moleques (o mais velho com 15 e o caçula com 11 anos) e sai, em direção à São Paulo, mais precisamente, em direção ao Pacaembu, para assistir a Corinthians x Vitória, do Brasileirão 2009, que começaria às 21:00hs. Com a chuva que estava, cheguei lá, já passava das 19:30hs.
Dia de semana, chuva, jogo à noite... e só de público pagante, 23.600 pessoas. Absurdamente, 24.916 pessoas no total (veja quanta gente não paga!!).
Na verdade, a emoção começa quando se estaciona.
Parece loucura, mas chega o "guardador" de carros, o "flanelinha", te pedindo dinheiro prá cuidar do carro, você reclama que ele está pedindo muito (claro que qualquer coisa é muito, considerando que você está estacionando na rua e a rua é pública, mas o espírito ali é outro) e ele te "dá um desconto", te deseja um bom jogo... pronto! Nada de mau humor!
Não dá para parar muito perto do estádio, mesmo com uma hora e meia de antecedência. Vamos caminhando, embaixo daquela garoa miúda, em direção ao estádio. Contrariando todas as normas de higiene, paro prá comprar um churrasquinho, no meio da rua, entregue pelo mesmo rapaz que faz o churrasco, pega o espeto e recebe o dinheiro (tudo sem luvas, claro!).
Nos encaminhamos para enorme fila que levava à entrada do estádio. Um churrasquinho numa mão, uma lata de refrigerante na outra, aguardando para sermos revistados.
Prá quem não conhece, nunca teve a chance de ir, parece que estou descrevendo a porta do inferno, mas não! Há uma sensação de irmandade, de conforto, de amizade, com aqueles milhares de estranhos que estão na fila também.
Meus meninos querem sentir ao máximo a emoção. Só não se sentam com a Gaviões da Fiel porque não os deixei se filiar...mas querem sentar o mais próximo possível da torcida organizada. Comprei os ingressos para a arquibancada laranja, onde nos sentamos bem ao lado da Gaviões e onde eles puderam acompanhar a gritaria, a cantoria, a coreografia, se sentindo parte daquilo.
Jogo do Corinthians não é só bola no campo, não são só os jogadores, o (sempre) filho-da-mãe do árbitro, os bandeirinhas. Jogo do Corinthians também é isso: conhecer as letras das músicas da torcida, a coreografia, as "regras" (nunca ir de verde - de qualquer tom -, por exemplo, ao jogo, não gritar "gol" antes do gol sair)... tudo faz parte.
Quando os jogadores entram em campo e aqueles milhares de homens começam a se curvar, com os braços estendidos, cantando "ô ô, todo-poderoso-timão, ô ô, todo-poderoso-timão" não há como não se emocionar! Não há como não procurar se colocar no lugar de qualquer um deles, Felipe, Douglas, Ronaldo, Dentinho, e imaginar qual não será a sensação deles...
Palavra, penso que não deve haver no mundo lugar melhor para ser jogador de futebol, que o Corinthians. Não há torcida igual a essa. Realmente, não há. Esses "meninos" são idolatrados.
No intervalo, quatro rapazes pedem que eu tire uma foto deles. Me entregam o celular e sorriem.
Não posso deixar de me emocionar - sempre acontece e acabo contrariando meus filhos - ao ver a torcida adversária. É admirável ver o "peito" daqueles poucos (ontem, acho que não chegavam a 100 pessoas) que "se atrevem"a entrar no Pacaembu e torcer por seu time tendo todo o resto do estádio contra si. Acho admirável.
O jogo em si, claro, a vibração quando os "meninos" marcam um gol, o segundo...o silêncio quando "levamos" um gol de volta...
A Gaviões volta a cantar: "ai, ai, ai, ai, está chegando a hora, o dia já vem raiando meu bem, eu tenho que ir embora...". É o aviso que o jogo está terminando.
A festa não acaba antes de se ouvir - e cantar, a plenos pulmões -, uma vez mais, o hino do timão. Nos levantamos e saímos do estádio, caminhando pelas ruas com aquela multidão. Frio e umidade no corpo. Coração aquecido.
Seja o primeiro a comentar
Postar um comentário